O “Tio-Avô” do Patinhas
“Se houver sempre esperança,
No nosso bem entender
Nem que seja uma lembrança
Há que dar e receber”
“Anónimo”
Todos me falam em crise,
Vão cortando na despesa
Sabendo já, sem surpresa,
Não ser coisa que se guise.
Cautela n’ algum deslize,
Não se vá em qualquer dança,
Artimanha que se lança.
Segurar bem a carteira
Mesmo que se vá à feira,
Se houver sempre esperança.
As férias e o natal
Já não voltam para trás
Nem enchem mais o cabaz
Pois ficam de pedra e cal.
Não é preciso cristal,
Para isto perceber.
Venha quem saiba dizer
Qual vai ser a solução,
Nos digam onde é que há pão
No nosso bem entender.
A vida é um corridinho,
Gira e roda sem parar.
Dados bons para lançar
À procura de um cantinho
Com alento e carinho:
Um sorriso de criança.
Vale sempre a vizinhança
Que atenta nos demais
Dá a filhos e a pais,
Nem que seja uma lembrança.
A vida também é Banco
Para o Bem depositar
Num tempo, a valorizar
Em ouro o que é tamanco.
Ninguém fique no barranco,
Saibamos nosso dever:
Repartamos com prazer!
Deitando fora a vaidade,
Para haver felicidade,
Há que dar… e receber.
O “Tio-Avô” do Patinhas