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decordovanaturais

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27 Abr, 2009

Santo Condestável

Ontem, 26 de Abril, foi canonizado o Beato D.Nuno Álvares Pereira, também conhecido como Frei Nuno de Santa Maria.

Ouvi muita gente a falar nesta canonização como se o mundo tivesse caído por esta causa. Considero que tinha sido melhor estarem calados.

Para a Igreja Católica, a canonização serve apenas para testemunhar as virtudes heróicas da pessoa que durante a sua vida terrena mostrou cumprir as suas obrigações morais e religiosas, apontando deste modo que deve estar no seio de Deus como recompensa por esse seu modo de viver.

O católico não adora os santos nem as suas imagens. A Igreja coloca-nos estes exemplos para que todos nós, que ainda vivemos no meio dos homens, os possamos imitar e nos apercebermos que não é impossível alcançar este estado de graça que nos conduz a Deus.

Nuno de Santa Maria é para mim um sinal muito forte desde pequeno pois me foi dado no batismo este mesmo nome e me tem servido, de modo especial, de incentivo a copiar as suas atitudes de humildade e de desprendimento.

Nos dias de hoje em que os Valores como que desapareceram é importante percebermos como é possível, se o desejarmos, alcançar esta meta.

A Pureza, a veneração a Nossa Senhora, a assistência para com os pobres e necessitados e o desprendimento dos bens terrenos são valores em que eu gostaria do igualar.

São Nuno, rogai por nós.

Vai ser eleito um director para a  Escola.

Não se trata de um sufrágio directo e universal por toda a assembleia escolar mas antes um relembrar do tempo em que o Almirante Américo Tomás foi eleito para Presidente da República por um colégio eleitoral. Medo de alguma coisa?

Estamos numa época em que se exige um comprometimento ético e de responsabilidade social, principalmente por parte dos gestores.

As avaliações de empresas, entidades e pessoas terão de ser efectuadas com critérios diferentes dos anteriores que se verificou não terem dado grandes resultados.

É necessário encontrar pessoas com princípios e valores que, acima dos seus interesses, pensem com sentido no bem comum, não apenas em intenções e juízos mas principalmente com factos reais.

É necessário que a Escola seja um viveiro de sensibilidade ética não só nos alunos mas igualmente nos professores e restantes colaboradores. E como é possível criar este sentido num ambiente em que predomina o descomprometimento e a desconsciencialização? Alguns programas de televisão são obscenos, deseducativos e facilitadores das mais impensáveis atitudes sociais. Os professores são obrigados a cumprirem montes de requisitos avaliativos mas são convidados a fechar os olhos a tudo o que não se refira à matéria curricular das sua disciplinas, principalmente fora da sala de aula, por vezes a cenas menos próprias em termos sociais e culturais.

Os jovens de hoje crescem com um facilitismo 'educativo' em que vale tudo desde os pontapés na gramática, com vocabulário completamente escabroso, ao estudo 'virtual' da informação mastigada na net que suplanta a investigação trabalhosa e analítica, à 'normalização' de vivências sexuais e licenciosas, muitas vezes facilitadas pelos próprios progenitores, à irresponsabilização em termos de cidadania, de moral e de bons costumes...

Tudo é permitido e os que se opõem a esta filosofia de vida são chamados de obsoletos.

Claro que há muitos pontos de aculturação que terão de ser vistos e revistos.

Exigem-se sinais de trânsito:  curvas perigosas, limitação de velocidade, e outros perigos como lombas, gelo, etc. Quando se ensina sem responsabilizar, com a máxima liberdade de pensamento e de acção só se poderá esperar como resultado pessoas egocêntricas, em busca do prazer fácil, em permanente stress... O fim da linha será a droga, o desespero, uma vida sem sentido.

É importante que sentindo-nos responsáveis por mudar este estado de coisas saibamos que não estamos sozinhos.É verdade que o homem ao sentir-se isolado perde muita capacidade de lutar. Como animal social precisa de trabalhar em equipa. É na solidariedade que se pode manifestar essa agregação de esforços.

A visão dos nossos dias é anti-ética pois não defende valores intrínsecos da pessoa, levantando um estandarte à Liberdade, Fraternidade e Igualdade que se não forem bem cultivados degeneram facilmente em Libertinagem, Bulling, Escravatura.

Temos de ter cuidado com os candidatos apoiados por lobings que se autodefendem em detrimento do bem de toda a comunidade. Precisam-se de pessoas com ideias próprias, com ideias novas, sem medo de 'ir contra a maré'.

Coragem aos voluntários que se pruponham a esta luta.