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decordovanaturais

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Vamos hoje estudar a figura de Samuel por nos parecer muito elucidativa esta vocação.

Ao estudarmos as vocações anteriores, deparámo-nos com dois grandes profetas: Isaías e Jeremias. Samuel será considerado o primeiro profeta e foi certamente um dos principais sacerdotes para além de ter sido o último Juiz  antes da monarquia.

Enquanto nos casos anteriores tínhamos deparado com o que hoje se chamaria de ‘ vocação tardia’, aqui e agora verificamos que se trata de uma vocação pedida e desejada no seio da família.

O 1º Livro de Samuel começa exactamente por apresentar o contexto familiar em que vai nascer Samuel. Encontramos uma esposa estéril e desgostosa por esse motivo pois em Israel este facto era um sinal de desinteresse de Deus por essa família.

Ana não conseguia dar filhos ao marido, Elcana, e ainda por cima era enxovalhada e humilhada pela outra esposa do marido. Dois desgostos somados, chorados e apresentados ao Senhor na sua oração.

Ler 1ºSam 1, 1 – 19

Antes de pararmos um pouco para reflectir e rezar notemos a preocupação e ternura do marido, a pouca atenção do sacerdote Heli e a confiança de Ana na vontade de Deus bem como a promessa da entrega de um possível filho ao Senhor.

(5 minutos de oração)

Ana foi persistente na oração, confiante que Deus ouviria o seu pedido. O prémio dessa persistência e dessa confiança foi o nascimento do Filho. A sua gratidão traduziu-se no cumprimento da promessa feita e, passado o desmame o menino foi levado para servir no templo.

Na 2ª leitura deste Domingo[1] S. Paulo incentiva Timóteo a ser um homem de Deus, isto é, praticar a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão (1ªTim 6, 11). Tudo isto cumpriu Ana e o ensinou a seu filho.

Não pensemos que Ana cumpriu a sua promessa com tristeza ou contrariada. Ao entregá-lo para servir no Templo mostrou toda a sua alegria ao proclamar um cântico em muito semelhante ao magnificat.

Ler 1º Sam 2, 1 – 10

Este cântico mostra bem o seu júbilo na entrega do menino e anuncia já o tempo messiânico.

Ana continuou a acompanhar Samuel ofertando-lhe a roupa necessária e visitando-o. E ele “ia crescendo na presença do Senhor”.

É bem certo que o apoio da família no despertar da vocação é essencial para cimentar o desejo de um bem maior, o espiritual sobre o carnal. E Deus recompensa a cem por um. Também aquela família cresceu com o nascimento de outros filhos.

Mas o chamamento tem de ser pessoal, não pode ser imposto. O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: «Eis-me aqui». Samuel pensou ser Heli a chamar e foi ter com este, por três vezes, até que o velho sacerdote percebeu quem chamava o jovem: era Deus. E ensinou-o para que ele ‘reconhecesse’ esta voz e ficasse atento à vontade do Senhor.

Todo o Israel, desde Dan até Bersabea[2], reconheceu que Samuel era um profeta do Senhor. O Senhor continuou a manifestar-Se em Silo. Era ali que o Senhor aparecia a Samuel, descobrindo-lhe a Sua palavra. (1ºSam 3, 20 – 21)

 

[1] 25º Dom tempo Comum ano C

 

[2] As duas fronteiras, norte e sul do país.

 

Somos hoje, de modo especial, convidados a louvar ao Senhor porque protege e ampara os mais fracos.

A palavra que nos é dada à consideração mostra-nos o resultado das más opções de vida que levam à Morte ou, ao contrário, o prémio de Vida oferecido a quem suporta uma existência dura mas confia em Deus.

Saibamos estar atentos à mensagem.

 

1ª leitura: do Profeta Amós                                                                           Am 6, 1ª. 4 -7

A força da mensagem do profeta apavora os afortunados de Israel, instalados no seu conforto.

Estejamos muito atentos pois esta leitura retrata a sociedade dos nossos dias e deve fazer-nos pensar se não estaremos também nós afastados da aflição de tantos que estão à nossa volta.

 

2ª leitura: da 1ª Epístola de S. Paulo a Timóteo                                                          1Tm 6, 11 - 16

Paulo exorta Timóteo a seguir Jesus Cristo no seu testemunho de Vida.

Procuramos nós seguir a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a constância e a mansidão? É este o verdadeiro caminho que conduz à salvação.

 

3: leitura: do Evangelho segundo S. Lucas                                                    Lc 16, 19 - 31

É bastante conhecida a parábola do rico e de Lázaro.

Temos nós em atenção o pobre estendido à nossa porta? Repartimos do que temos?

Olhai que o rico nem as migalhas dava ao Lázaro mas pediu que o servisse na vida eterna. Tenhamos atenção pois já estamos prevenidos.

 

As leituras de hoje vão falar-nos de integridade e de honestidade:- da verdadeira liberdade.

Neste mundo em que nos deparamos com processos de desfalques, corrupção e ganância, em ganhar muito mesmo que à custa de outras pessoas, somos chamados a ponderar o que é mais importante: o bem-estar presente ou a Vida eterna.

Somos pois convidados a louvar o Senhor que levanta os fracos.

 

1ª leitura: do Profeta Amós                                                                              Am 8, 4 - 7

O profeta denuncia aqueles que enganam os pobres com balanças falsas e com promessas ilusórias, escravizando-os para seu próprio benefício.

No entanto o Senhor jurou que não esquecerá estas más obras.

Não seremos também nós escravos desta vontade desenfreada de enriquecermos mesmo que à custa de injustiças?

 

2ª leitura: da 1ª Epistola de S. Paulo a Timóteo                                                  1Tm 2, 1 - 8

O apóstolo incentiva a que rezemos por quantos estão revestidos de autoridade para que a desempenhem com piedade e dignidade.

Oremos assim pelos responsáveis das Igrejas, dos Povos, das Famílias e das Comunidades, em particular dos que nos estão mais próximos a fim de que todos os homens possam louvar a Deus em paz, sem ira nem contenda.

 

3ª leitura: do Evangelho segundo S. Lucas                                                        Lc 16, 1 - 13

O administrador de que fala o evangelho foi infiel ao seu senhor, por astúcia, pensando no proveito próprio.

Jesus deixa bem claro que não podemos servir a Deus e ao dinheiro e que a Vida eterna não se alcança com injustiças nem falsidades.

 

Nas leituras deste Domingo vamo-nos aperceber de que apesar da nossa iniquidade o Senhor atende ao nosso arrependimento e manifesta a Sua Misericórdia perdoando com muito amor e alegria.

Tal como o filho pródigo, e tomando consciência de que errámos, devemos decidir partir e ir ter com o Pai. Esta atitude é sinal de Esperança.

Também nós somos convidados a reencontrar aqueles que se afastaram e a alegrarmo-nos com isso. Peçamos a Deus essa capacidade pois humanamente o ostracismo e o ódio aparecem com mais facilidade.

O ir à procura, o rezar por quem anda perdido, é sinal de Fé e de Caridade.

 

1ª leitura: do Livro do Exodo                                                                                    Ex 32, 7 – 11. 13 - 14

Neste caso concrecto foi Moisés que serviu para aplacar a justa ira do Senhor.

Mas cada um de nós é chamado a orar pelos que andam desviados do caminho certo, e, pelo nosso exemplo, devemos chamá-los à razão.

É esse o nosso papel de mediador, de profeta e de missionário.

 

 

2ª leitura: da 1ª Carta de S. Paulo a Timóteo                                                                          1 Tim 1, 12 - 17

Com humildade Paulo lembra que também ele era pecador mas, pelo arrependimento, mudou de vida e tornou-se um exemplo para os que vieram a acreditar em Cristo Jesus.

É na nossa fraqueza que se pode manifestar a força do Salvador.

 

 

3ª leitura: do Evangelho segundo S. Lucas                                                                            Lc 15, 1 - 32

Jesus aproveita a murmuração dos escribas e dos fariseus para dar uma catequese sobre a misericórdia de Deus.

Tantas vezes seremos nós esta ovelha perdida no deserto do mundo que é carregada aos ombros do bom pastor…

Mostramos nós alegria junto daqueles que voltam ao redil de Cristo?