15 Jan, 2009
O Eco
Eco
Dai-me o mote:
Eco, é o Eco!
Eco ressoa,
Eco não mede,
O Eco voa,
O Eco sucede.
O Eco é oco,
É um vazio
Que até dá troco…
… Doentio.
Chama-se a Lena
Com voz bem forte,
Repete: Mena... Sena... pena...ena...
Com alguma sorte.
Baralham-se ideias
Ao escutar o Eco,
Entornam-se candeias
Num teço-teco.
O diz que diz
Que outro repete,
Já não condiz
Do que remete.
Mas voa assim
Em certeza profunda,
Enterra o jasmim
Em cova bem funda.
O paste e cola
É Eco maldito
Que a mente enrola
No dito por dito.
Já não se pensa:
Basta copiar.
O engano que vença…
É só assinar.
Bibliografia, o que é?
Preciso referenciar?
Mas se ninguém vê
Que estou a glossar…
…
Enterre-se o Eco,
Vamos criar!
Prefiro pão seco
A muito manjar.
O ‘Caldeira’, de Castelo Branco
Janeiras de 2009