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decordovanaturais

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22 Jan, 2018

Jonas e S. Vicente

Passei este fim-de-semana no Algarve pelo que participei Sábado na Missa, em Stª Luzia, do 3º Domingo do Tempo Comum do ano B e no Domingo, na catedral de Faro, na Solenidade de S. Vicente, padroeiro da Diocese.

Nestas primeiras semanas do tempo comum as leituras interpelam-nos ao ‘chamamento’. Vou tentar assim comparar as respostas de Jonas e de Vicente, ambos desafiados a darem testemunho de fé e a desempenharem ambos a missão profética da denúncia do pecado.

Ler Jon 1, 1 – 15

Jonas, não quis escutar o convite do Senhor e resolveu fugir. “Ah! Senhor! Porventura não é isto que eu dizia quando estava ainda na minha terra? Por isso é que, precavendo-me, quis fugir para Társis, porque sabia que sois um Deus misericordioso e clemente, paciente e cheio de bondade e pronto a renunciar aos Vossos castigos. (Jon 4, 1 – 2). Jonas fugiu pois desejava que a Justiça de Deus fosse infalível mas sabia que a Misericórdia se sobrepunha à Justiça divina.

Em todo o caso o profeta, compreendeu o seu pecado e aceitou o castigo de ser engolido pelo peixe pelo que orou com sinceridade e logo foi vomitado na praia. Vendo-se salvo percebeu que tinha de cumprir a vontade do Senhor e foi para Ninive.

Ler Jon 3, 1 – 10

O profeta  ficou zangado pela Misericórdia de Deus que não se compaginava com a inteligência humana que é vingativa e não entendeu, de imediato,  a resposta do Senhor: Julgas que tens razão para te afligires assim?

Com carinho Deus quer ensinar-nos o Seu modo de pensar para que O imitemos. E foi através de uma simples planta que nasce, cresce e morre.

Ler Jon 4, 5 – 11

Vicente seguiu os ensinamentos do seu bispo e aprendeu que o amor de Deus tem de passar pelo nosso amor, mesmo para aqueles que nos ofendem e maltratam. Deixou-se martirizar em testemunho da Fé pois pensava ser maior o prémio de Deus que o castigo dos homens.

Ler o salmo 121 – O Senhor é o meu auxílio

A vocação de S. Vicente é de facto uma resposta ao convite que Deus lhe fez para O seguir. Uma vocação que não permitiu dúvidas nem senãos.

Saibamos nós, na medida da nossa actividade e no meio em que vivemos, também dar testemunho do nosso Credo. Não tenhamos medo de ir para as periferias anunciar o Evangelho, mesmo que sejamos rejeitados ou mesmo maltratados por Seu Amor.